Hoje dia 2 de abril, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) chama a atenção de todas (os) as (os) psicólogas (os) para a importância da atenção integral às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo e suas famílias. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial da Conscientização do Autismo em 18 de dezembro de 2007 e, desde então, diversas campanhas “azuis” são feitas pela causa.
O autismo é mais comum do que se pensa: atinge 70 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, a estimativa é de mais de 2 milhões de autistas, de acordo com a ONU. Por isso a importância de avançar na formação de profissionais de saúde para atuar nesta área, já que no Brasil as ações em torno do tema ainda são pontuais e individualizadas.
A integralidade do cuidado, a garantia da cidadania e a inclusão do tema na Rede de Atenção Psicossocial, com a construção de projetos terapêuticos individuais, são pontos que devem ser amplamente discutidos para garantir uma inserção social cada vez maior das pessoas com autismo.
O Autismo nas escolas
O que realmente se pode chamar de inclusão? Será que a inserção de crianças com necessidades especiais, como as que se encontram no espectro autista, em escolas regulares já é suficiente para intitularmos este processo como tal? Infelizmente, muitas escolas que “aceitam” receber essas crianças com autismo em ensino regular não realizam, de fato, a inclusão social e escolar.
São inúmeras as que ainda se recusam, afirmando que não há vagas ou que não têm o preparo necessário para acolhê-las e passam por cima da Lei da Inclusão. Quando essas crianças são matriculadas, na maioria das vezes não encontram na escola a estrutura suficiente, ou seja, um olhar que tenha como real prioridade permitir que elas explorem ao máximo suas potencialidades neste ambiente tão rico de experiência social.
É neste contexto e com este objetivo que entra em cena o mediador ou facilitador escolar. Seu papel é direcionado a possibilitar que o máximo de oportunidades sejam criadas e aproveitadas para que as crianças com necessidades especiais aprendam, não apenas o pedagógico, mas também o social. Assim, esse profissional tem como função mediar os conflitos e facilitar a comunicação entre a criança e seus colegas de sala e entre ela e os professores, ou seja, com o ambiente escolar como um todo. Seu papel não o é de tomar o lugar do professor, mas de permitir que seus ensinamentos sejam assimilados ao máximo pela criança, já que esta enfrenta barreiras que não fazem parte da vida de crianças sem o transtorno.
Veja mais em: http://www.autismoerealidade.com.br/
http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2011/04/02/autismo-a-importancia-da-inclusao-escolar/
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