História

Brasil: O início da colonização

A partir de 1530, mudou a posição de Portugal em relação ao Brasil. O Rei se convenceu que só poderia manter a posse da terra estabelecendo núcleos de povoamentos, colonização e defesa. Mas a Coroa tinha esperança de manter riqueza minerais, em proporção às encontradas pelos espanhóis em suas possessões.
A decisão de colonizar o Brasil foi fácil, o difícil foi encontrar a melhor forma de exploração. O produto mais adequado precisava adaptar-se às condições da terra e ter aceitação no mercado europeu.

A exploração da cana-de-açúcar
-Experiência de Portugal como açúcar nas suas ilhas do Atlântico (Madeira, Açores e Cabo Verde);
-Grandes propriedades (latifúndio);
-Monocultura;
-Trabalho escravo.


       O Brasil na Segunda Guerra Mundial


Durante o Estado Novo (1937 – 1945), o governo brasileiro viveu a instalação de um regime ditatorial comandado por Getúlio Vargas. Nesse mesmo período, as grandes potências mundiais entraram em confronto na Segunda Guerra, onde observamos a cisão entre os países totalitários (Alemanha, Japão e Itália) e as nações democráticas (Estados Unidos, França e Inglaterra). Ao longo do conflito, cada um desses grupos em confronto buscou apoio político-militar de outras nações aliadas.

Com relação à Segunda Guerra Mundial, a situação do Brasil se mostrava completamente indefinida. Ao mesmo tempo em que Vargas contraía empréstimos com os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo totalitarismo nazi-fascista. Dessa maneira, as autoridades norte-americanas viam com preocupação a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos que poderiam, por exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.

A preocupação norte-americana, em pouco tempo, proporcionou a Getúlio Vargas a liberação de um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da Usina de Volta Redonda. No ano seguinte, os Estados Unidos entraram nos campos de batalha da Segunda Guerra e, com isso, pressionou politicamente para que o Brasil entrasse com suas tropas ao seu lado. Pouco tempo depois, o afundamento de navegações brasileiras por submarinos alemães gerou vários protestos contra as forças nazistas.

Dessa maneira, Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães em agosto de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutava na Segunda Guerra Mundial. Somente quase um ano depois as tropas começaram a ser enviadas, inclusive com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).

A principal ação militar brasileira aconteceu principalmente na organização da campanha da Itália, onde os brasileiros foram para o combate ao lado das forças estadunidenses. Nesse breve período de tempo, mais de 25 mil soldados brasileiros foram enviados para a Europa. Apesar de entrarem em conflito com forças nazistas de segunda linha, o desempenho da FEB e da FAB foi considerado satisfatório, com a perda de 943 homens.
 Contexto histórico
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidenteGetúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências, somente tentando se aproveitar das vantagens oferecidas por elas. Tal "pragmatismo" foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidos convenceram o governo brasileiro a ceder a ilha de Fernando de Noronha e a costa nordestina brasileira para o recebimento de suas bases militares. Os EUA tinham planos para invadir o nordeste, caso o governo Vargas insistisse em manter o Brasil neutro.[1][2]
A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matéria-prima) exportados do continente americano, como consta nos diários de Joseph Goebbels. Estes suprimentos eram vitais para o esforço de guerra aliado. Os alemães iriam abastecer a partir de 1942, pelo Atlântico norte, principalmente a então União Soviética.
Tinha também por objetivo a ofensiva submarina do eixo em águas brasileiras intimidar o governo brasileiro a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos anglo-americanos interessados em que o país entrasse no conflito do lado aliado.
No entanto, a opinião pública não se deixou confundir. Comovida pelas mortes de civis e instigada também pelos pronunciamentos provocativos e arrogantes, emitidos pela Rádio de Berlim, passou a exigir que o Brasil reconhecesse o estado de beligerância com os países do eixo. O que só foi oficializado em 22 de agosto do mesmo ano, quando foi declarada guerra àAlemanha nazista e à Itália fascista. Após a guerra, diante da contínua passividade do então governo, a mesma opinião pública passa a se mobilizar para o envio à Europa de uma força expedicionária como contribuição à derrota do fascismo.
Porém só quase dois anos depois, em 2 de julho de 1944, teve início o transporte do primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do general João Batista Mascarenhas de Morais, com destino a Nápoles. As primeiras semanas foram ocupadas se aclimatando ao local, assim como recebendo o mínimo equipamento e treinamento necessário, sob a supervisão do comando estadunidense, ao qual a FEB estava subordinada, já que a preparação no Brasil demonstrou ser deficiente,[3] apesar dos quase 2 anos de intervalo entre a declaração de guerra e o envio das primeiras tropas a frente. Muito embora entre os expedicionários combatentes se formasse um consenso no decorrer e após o conflito de que somente ocombate é adequadamente capaz de preparar um soldado, independente da qualidade do treinamento recebido anteriormente[4][5][6].
Embora o Brasil já tivesse declarado guerra, estava despreparado para a natureza fluida daquele conflito. A Aeronáutica estava apenas começando a se modernizar, com a aquisição de aviões de fabricação americana. A Marinha tinha uma série de embarcações obsoletas, pouco aptas á guerra submarina de então (modalidade de combate ao qual mesmo as modernas marinhas britânica, americana e soviética só se adequariam a partir do final de 1942, início de 1943). Além de igualmente mal-equipado, o Exército carregava ainda uma filosofia elitista arcaica e focada em reprimir movimentos políticos internos que pouco havia mudado desde o século XIX e que levara ao fracasso a tentativa de modernizar seus métodos de treinamento para o combate externo e filosofia de ação, entre o final da década de 1910 e o início da década de 1920, tentativa esta trazida por uma missão contatada ao exército francês[7].
Os brasileiros constituíam uma das vinte divisões aliadas presentes na frente italiana naquele momento, uma verdadeira torre de Babel, constituída por estadunidenses (incluindo as tropas segregadas da 92ª e 442ª divisão, formadas por afro-descendentes e nipo-descendentes respectivamente, comandadas por oficiais brancos), italianos antifascistas, exilados europeus (poloneses, tchecos e gregos), tropas coloniais britânicas (canadenses, neozelandeses, australianos, sul-africanos, indianos, quenianos, judeus e árabes) e francesas (marroquinos, argelinos e senegaleses), em uma diversidade étnica que muito se assemelhava à da frente francesa em 1918.
A FEB foi integrada ao 4º corpo do exército estadunidense[8], sob o comando do general Willis D. Crittenberger, este por sua vez adscrito ao V exército dos Estados Unidos, comandado pelo general Mark W. Clark.
Campanha
A FEB entrou em combate em meados de setembro de 1944 no vale do rio Serchio, ao norte da cidade de Lucca. As primeiras vitórias da FEB ocorreram já em setembro, com as tomadas de MassarosaCamaiore e Monte Prano. Só no final de outubro, na região deBarga, a FEB sofreu seus primeiros reveses. Devido ao sucesso da campanha em setembro e início de outubro, no final de novembro a FEB foi incumbida de sozinha tomar o complexo formado pelos montes CastelloBelvedere e seus arredores, no espaço de alguns dias. Seu comandante alertou ao comando do V exército estadunidense que tal missão era inviável de ser executada pelo efetivo de apenas uma divisão, o que já havia sido demonstrado em tentativas fracassadas por parte de outros efetivos aliados, e que para obter sucesso em tal empreitada seria necessário o ataque conjunto de duas divisões simultaneamente à BelvedereDella TorracciaMonte Castello e à Castelnuovo[9] o que, mesmo assim, alertava o comando brasileiro, não poderia ser levado a cabo em menos de uma semana. No entanto, o argumento do comandante brasileiro só foi aceito após o fracasso de mais duas tentativas, desta vez efetuadas pelos brasileiros, uma em novembro e outra em dezembro.
Durante o rigoroso inverno entre 1944 e 1945, nos Apeninos a FEB enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos, não contando a sensação térmica. Muita neve, umidade e contínuos ataques de caráter exploratório por parte do inimigo, que através de pequenas escaramuças procurava tanto minar a resistência física, quanto a psicológica das tropas brasileiras, não acostumadas às baixas temperaturas. Condições climáticas e reações físicas se somavam aos mais de três meses de campanha ininterrupta, sem pausa para recuperação.[10] Testou-se ainda possíveis pontos fracos no setor ocupado pelos brasileiros para uma contra-ofensiva no inverno.
Entretanto, neste aspecto, a atitude involuntariamente agressiva das duas tentativas de tomar Monte Castello no final de 1944, somada à atitude voluntária de responder às incursões exploratórias do inimigo no território ocupado pela FEB, com incursões exploratórias da FEB realizadas em território inimigo, fez com que os alemães e seus aliados escolhessem outro setor da frente italiana, ocupada pela 92ª divisão estadunidense, para sua contra-ofensiva.
Entre o fim de fevereiro e meados de março de 1945, como havia sugerido o comandante da FEB, se deu a Operação Encore, um avanço em conjunto com a recém-chegada 10ª divisão de montanha estadunidense. Assim, foram finalmente tomados, entre outras posições, por parte dos brasileiros, Monte Castello e Castelnuovo, enquanto os americanos tomavam Belvedere e Della Torraccia. Com estas posições no poder dos Aliados, pode-se iniciar a ofensiva final de primavera, na qual em abril a FEB tomou Montese e Collecchio. A conquista destas posições pela divisão brasileira e a divisão de montanha estadunidense neste setor secundário, mas vital, possibilitou que as forças sob o comando do VIII exército britânico, mais à leste no setor principal da frente italiana, se vissem finalmente livres do pesado e constante fogo de artilharia inimiga, que partia daqueles pontos, podendo assim avançar sobre Bolonha ultrapassando as linhas de defesa nazi-fascistas no norte da Itália, a chamada Linha Gótica, após oito meses de combate.
Na 2ª semana de abril iniciou-se a fase final da ofensiva de primavera com o intuito de romper definitivamente esta linha de defesas, que recuara mas impedia o avanço das tropas aliadas na Itália rumo à Europa Central desde setembro do ano anterior. No setor do IV corpo do V exército americano, ao qual a FEB estava incorporada, no 1º dia da ofensiva após sem grandes dificuldades ter sustado o ataque aliado principal naquele setor, efetuado pela 10ª Divisão de Montanha americana, causando expressivas baixas naquela unidade estadunidense; os alemães cometeram um erro ao considerar o ataque brasileiro à Montese ( que no mesmo utilizou seus carros de combate M8 e tanques Sherman M4 ); como sendo o principal alvo aliado naquele setor; tendo por conta disso disparado somente contra a FEB cerca de 1800 tiros de artilharia ( 64% ) do total dos 2800 tiros empregados contra todas as 4 divisões aliadas naquele setor da frente italiana[11], nos dias de luta que se seguiram pela posse daquela localidade ( no que foi o combate mais sangrento travado pela FEB ). Com a fracassada tentativa alemã de retomar Montese e o consequente avanço das tropas das 10ª divisão de montanha e 1ªdivisão blindada estadunidenses, efetivou-se o desmoronamento das defesas germânicas naquele setor central, do ponto de vista geográfico, embora secundário estrategicamente, ficando claro a impossibilidade por parte das tropas alemãs de manterem a partir daquele momento a linha gótica, tanto no setor terciário à oeste, próximo ao Mar da Ligúria, quanto no setor principal à oeste, próximo ao Mar Adriático[12].
Ao final daquele mês, em Fornovo di Taro, numa manobra perfeita em uma jogada ousada de seu comandante, os efetivos da FEB que se encontravam naquela região em inferioridade numérica cercaram e, após combates oriundos da infrutífera tentativa de rompimento do cerco por parte do inimigo seguidos de rápida negociação, obtiveram a rendição de duas divisões; a 148ª divisão de infantaria alemã (com muitos soldados experientes em combate vindos do front russo), comandada pelo general Otto Fretter-Pico e os efetivos remanescentes da divisão bersaglieri italiana, comandada pelo general Mario Carloni. Isso impediu que essas unidades, que se retiravam da região de La Spezia e Gênova, região esta que havia sido liberada pela 92ª divisão estadunidense, se unissem às forças ítalo-alemãs da Ligúria, que as esperavam para desfechar um contra-ataque contra as forças do V exército americano, que avançavam, como é inevitável nestas situações, de forma rápida, porém difusa e descoordenada, inclusive do apoio aéreo, tendo deixado vários clarões em sua ala esquerda e na retaguarda. Muitas pontes ao longo do rio Pó foram deixadas intactas pelas forças nazi-fascistas com esse intento. O comando dos exércitos C alemão, que já se encontrava em negociações de paz em Caserta há alguns dias com o comando Aliado na Itália, esperava com isso obter um triunfo a fim de conseguir melhores condições para rendição. Os acontecimentos em Fornovo di Taro involuntariamente impediram a execução de tal plano tanto pelo desfalque de tropas, como pelo atraso causado, o que aliado às notícias da morte de Hitler e tomada final de Berlim pelas forças do Exército Vermelho, não deixou ao comando alemão outra opção senão aceitar a rápida rendição de suas tropas na Itália.[13] Em sua arrancada final, a FEB ainda chegou a cidade de Turim, e em 2 de maio de 1945, na cidade de Susa, onde fez junção com as tropas francesas na fronteira franco-italiana.
Brasil perdeu nesta campanha mortos diretamente em combate, cerca de quatrocentos e cinquenta praças e treze oficiais, além de oito oficiais-pilotos da Força Aérea Brasileira. A divisão brasileira ainda teve cerca de duas mil mortes devido a ferimentos de combate e mais de doze mil baixas em campanha por mutilação ou outras diversas causas que os incapacitaram para a continuidade no combate[14]. Tendo assim, somadas as substituições, turnos e rodízios, dos cerca de vinte e cinco mil homens enviados, mais de vinte e dois mil participado das ações. O que, incluso mortos e incapacitados, deu uma média de 1,7 homens usados para cada posto de combate, um grau de aproveitamento apreciável se comparado à outras divisões que estiveram o mesmo tempo em campanha em condições semelhantes.
Ao final da campanha, a FEB havia aprisionado mais de vinte mil soldados inimigos, quatorze mil, setecentos e setenta e nove só emFornovo di Taro, oitenta canhões, mil e quinhentas viaturas e quatro mil cavalos. Segundo o historiador norte-americano Frank McCann,[15] o Brasil foi convidado a integrar a força de ocupação da Áustria.[16][17]
Em 6 de junho de 1945o Ministério da Guerra do Brasil ordenou que as unidades da FEB ainda na Itália se subordinassem ao comandante da primeira região militar (1ª RM), sediada na cidade do Rio de Janeiro, o que, em última análise, significava a dissolução do contingente. Mesmo com sua desmobilização relâmpago, o regresso da FEB após o final da guerra contra o fascismo precipitou a queda de Getúlio Vargas e o fim do Estado Novo no Brasil.
Em 1960, as cinzas dos brasileiros mortos na campanha da Itália foram transladadas de Pistoia para o Brasil, e hoje jazem no monumento aos mortos que foi erguido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em homenagem e lembrança aos sacrifícios dos mesmos.
A Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial - Resumo
                                                  A Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial - Resumo

Em relação à participação do Brasil, o presidente Getúlio Vargas reconheceu o estado de guerra contra a Alemanha, o Japão e a Itália em 1942, após o afundamento de navios mercantes brasileiros.


Os primeiros soldados brasileiros (os pracinhas da FEB), de um contingente total de 25 mil homens, partiram para a Europa em julho de 1944... Veja abaixo, um resumo completo sobre esta guerra.



A Segunda Guerra Mundial teve início em 1° de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha. Inicialmente, o Brasil se manteve neutro no conflito, optando em 1942 pelo apoio aos países Aliados (EUA, Inglaterra, França e União Soviética), que lutavam contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Em troca do apoio aos Aliados, os EUA forneceram dinheiro ao Brasil, que foi investido na construção daCompanhia Siderúrgica Nacional. Além do apoio aos Aliados, Vargas também permitiu a instalação de uma base militar norte-americana em Natal, Rio Grande do Norte. Em 1944, tropas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) e da FAB (Força Aérea Brasileira) foram enviadas à Europa, onde participaram de várias batalhas na Itália.





Em 1945, as tropas Aliadas venceram definitivamente as tropas do Eixo, finalizando a Segunda Guerra Mundial. A vitória das tropas Aliadas provocou uma tremenda reviravolta no Brasil. A ditadura exercida por Vargas passou a ser questionada e a ser combatida pêlos militares e pela sociedade, que, a exemplo do que ocorria no exterior, passaram a exigir a imediata redemocratização do país. Cedendo às pressões, Vargas fez uma série de concessões, entre elas:


– Concedeu anistia ampla, libertou os comunistas e os presos políticos e permitiu a volta dos exilados ao país;


– Aprovou eleições diretas em todo o país;

– Permitiu a formação de partidos políticos, como a UDN (União Democrática Nacional), o PSD (Partido Social Democrático), o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), o PSP (Partido Social Progressista) e a legalização do PCB (Partido Comunista Brasileiro). O PSD e o PTB foram criados por Getúlio Vargas.

Durante a campanha eleitoral foi lançado um movimento favorável à continuidade de Vargas no poder, o movimento Queremista, que dizia: "Queremos Getúlio ". Na época, muitos políticos e militares concluíram que o queremismo era, na verdade, mais uma manobra política de Vargas para permanecer no poder. Diante dos fatos, os generais Gois Monteiro e Eurico Gaspar Dutra depuseram Vargas do poder. Em seguida, o poder foi entregue provisoriamente a José Linhares, que era presidente do Supremo Tribunal Federal.
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
Em 1937, o Presidente Getúlio Vargas dá um golpe de estado e implanta no Brasil um regime inspirado no fascismo italiano. Em 1940, Getúlio acena com a possibilidade de construir uma siderúrgica no Brasil, com o apoio da indústria alemã Krupp. Os Estados Unidos concedem imediatamente um crédito ao Brasil para financiar a siderúrgica sem a participação alemã. Dois anos depois, Getúlio declara guerra aos países do Eixo. No início dos anos 90, vem a público um documento reservado do Exército norte-americano revelando planos de invasão do Brasil pelos Estados Unidos caso Getúlio não aderisse aos aliados.
Nordeste brasileiro, áreas estratégicas
Na Conferência do Rio de Janeiro, em 1942, vinte e uma nações latino-americanas reconhecem no ataque japonês a Pearl Harbour uma agressão ao continente e começam a declarar guerra ao Eixo. A FEB (Força Expedicionária Brasileira) combate na Itália.
FEB em combate na Itália -1943
A aviação mexicana combate nas Filipinas. A Força Aérea Paraguaia faz patrulhamento aéreo no Atlântico Sul. A Argentina e o Chile também se envolvem no conflito. Os demais países do continente participam do esforço norte-americano de guerra fornecendo matérias-primas. Foi a primeira grande vitória diplomática dos Estados Unidos no continente.
Em 1946, o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill diz: "Uma cortina de ferro desceu sobre a Europa. Eu não acredito que a Rússia soviética deseje a guerra. O que ela quer são os frutos da guerra e a expansão indefinida de seu poder e de suas doutrinas." Churchill usava aí, pela primeira vez, a expressão "cortina de ferro" para se referir à nova área de influência soviética. A reorganização geopolítica do mundo já vinha sendo discutida desde 1943, quando Roosevelt, Stalin e Churchill se reuniram em Teerã, no Irã. Com o fim da guerra, Alemanha, França, Itália e Japão estão destruídos; a Grã-Bretanha se encontra à beira da exaustão. Os grandes impérios coloniais desmoronam, os países da África e da Ásia passam por processos de descolonização. Estados Unidos e União Soviética emergem como as grandes potências do planeta. Em pouco tempo, a tensão entre as potências se acirra. A polarização das disputas internacionais entre o bloco ocidental e o bloco soviético vai marcar o compasso nas décadas seguintes. É a Guerra Fria que começa.
···"A autoridade do meu governo é discutida. As ordens são mal executadas. É preciso desde agora vencer a resistência de todos os adversários, dizimando seus chefes".
Esta frase foi dita por um herói francês da 1ª Guerra Mundial que acabava de se tornar o chefe do governo nazista da França ocupada pelos alemães: o Marechal Philippe Pétain. Antes de conquistar Paris, as tropas alemãs anexaram a Áustria e ocuparam a Tchecoslováquia, Polônia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda, Grécia e Iugoslávia; esta última, com o auxílio de tropas italianas, húngaras e búlgaras, integrantes do Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Ao atacar também o norte da África, a Alemanha e a Itália estão atacando os impérios coloniais da França e da Grã-Bretanha. E após a ocupação da França, a Grã-Bretanha é o único país da Europa Ocidental ainda não atacado pelos alemães.

Pracinhas

Pracinha é um termo referente aos soldados veteranos do Exército Brasileiro que foram enviados para integrar as forças aliadas contra onazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial. Os pracinhas, membros da Força Expedicionária Brasileira, lutaram na Itália e participaram de importantes batalhas, como a batalha de Monte Castello. Estes eram os soldados que estavam na linha de frente das batalhas.

    Antecedentes

Segundo os historiadores, o envio dos "pracinhas" foi muito contraditório, pois, Getúlio Vargas, então presidente, conduzia seu governo de uma maneira similar ao sistema autoritário dos fascistas.
Um dos motivos pelos quais Getúlio Vargas enviou os soldados brasileiros à Europa foi o apoio e incentivo econômico do governo dos Estados Unidos, concretizados pelos Acordos de Washington, notável pelo empréstimo para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da Companhia Vale do Rio Doce.
Como consolidação desse apoio, o governo americano implantou uma base militar americana no nordeste do Brasil para lançar seu ataque às tropas inimigas na África. E o governo Brasileiro agilizou a realização do campânhia da extração de borracha pelo SEMTA, também contraditório pois programa teve o intuito de colonizar a Amazônia.

     Participação na Guerra

Os pracinhas, ao lado dos estadunidenses e outras forças aliadas, foram importantes na conquista do norte da Itália, que acabaria por desestabilizar o governo de Benito Mussolini.
Outro despreparo do Governo brasileiro foi enviar os soldados com uniformes que não os protegiam do frio do inverno europeu, um erro provavelmente devido ao fato de que era verão noHemisfério Sul. Isso fez com que os soldados tivessem que usar jornais para se protegerem do frio intenso.
No início dos confrontos, os soldados brasileiros levaram maiores baixas, pois além de não serem soldados de elite, estavam lutando contra os veteranos alemães, soldados que eram extremamente bem treinados e doutrinados, organizavam-se em pequenos grupos de combate e possuíam estratégias de combate de ataque rápido (Blitzkrieg) e de independência de ação no campo de batalha. Porém, ao desenrolar dos confrontos, os pracinhas ganhariam a melhor arma de todas: A experiência em combate e o conhecimento do inimigo. E foi com tais habilidades que os pracinhas conseguiram perpetuar seus nomes na história dos vencedores da II Guerra Mundial, após vencerem o Eixo europeu nas batalhas de Montese e Monte Castello.
A cor dos uniformes brasileiros era verde oliva ligeiramente claro, o que confundia com os utilizados pelos alemães. Por isso os soldados da FEB eram orientados a utilizar na linha de frente as jaquetas americanas, essas sim de cor predominante caqui, que as diferenciava do uniforme alemão. Quanto ao uso da rapadura, não existem evidências de que ela era utilizada com esta frequência pelos soldados brasileiros. Na verdade as tropas eram sempre alimentadas mesmo na linha de frente com alimento quente transportado em lombo de burro. As rações com altas fontes energéticas eras K e C americanas, consumidas apenas quando não era possível o abastecimento durante combates ou em patrulhas. O governo brasileiro enviava alimentação complementar como arroz e feijão, mas a base da comida dos soldados era típicamente americana.

 O Brasil na Segunda Guerra Mundial e Suas  Consequências

O Brasil, na época da Segunda Guerra, de 1939-1945, vivia, e ao mesmo tempo observava o que estava se passando pelos outros paises. Nisso, se resultou o incentivo dos Estados Unidos a ajudar o Brasil em vários ângulos, que sendo entre eles o domínio intenso da Itália, e entanto. O Brasil em sua economia e produções. Apesar dos Estados Unidos conseguirem se identificar muito na Segunda Guerra, pela causa das bombas atômicas obstruídas no Japão em 1945, ele se optou a ajudar o Brasil a se engajar a Guerra, até mesmo pelo motivo de falta de equipamentos para os soldados. Só que, no entanto vamos voltar para o inicio do Brasil na Guerra, que aconteceu no ano de 1942. Na época o governo do país era comandado por Getulio Vargas, que era ditatorial e simpatizava concretamente as ideais nazi-fascistas. O Brasil entrou na Guerra a favor do Bloco dos Aliados, contribuindo para derrotar intensamente o nazismo na Itália. Mas para que isso acontecesse, o país não iria executar sozinho, então houve a ajudar forte dos Estados Unidos em vários aspectos, que ofereceu ao Brasilcomo compensação, capital e equipamentos para a construção da primeira usina siderúrgica do país, sendo que na época foi a primeira de toda a América Latina, situada na cidade de Volta Redonda no Rio de Janeiro. Mas ele, Getulio Vargas não aceitou a proposta de entrar na Guerra apenas pelo fato da construção da usina, e sim, por observar que estava encontrando vários paises simpáticos ao nazi-facismo, e por esse motivo acabou aceitando a proposta, que também foi pressionado por varias manifestações publicas, pela entrada na Guerra para o Bloco dos Aliados. A declaração da entrada na Guerra foi feita no dia 22 de Agosto de 1942, que depois da entrada, mesmo assim ela foi atrapalhada por afundamentos de navios brasileiros por navios alemães, que causaram a morte de 971 pessoas, entre elas soldados. Mediante a esta causa foi constituída a FEB - Força Expedicionária Brasileira. Ela lutou 11 meses na Segunda Guerra. A parti daí foram enviados cinco escalões á Itália em Julho de 1944, que somaram 25.334 homens, reunidos numa comanda pelo general Mascarenhas de Moraes. As operações da FEB se iniciaram no centro da Itália, no Monte Apeninos. Na Itália morreram 943 soldados brasileiros e cerca de quatro mil soldados foram feridos. O Brasil ganhou o titulo na época por ser o primeiro país latino-americano a se engajar diretamente no conflito, que assim a aproximação dos Estados Unidos e o Brasil cresceram muito. Quando os soldados brasileiros voltaram da Europa, a situação da ditadura de Getúlio Vargas se agravou muito, e seu regime caiu pouco depois. Sendo que em 1946, as eleições livres no Brasil elegeram o general Gaspar Dutra, tornando-o como o novo presidente constitucional do Brasil. Mas, passaram-se os tempos e começou a Era Vargas, em que o povo brasileiro se apegou muito a Getúlio Vargas, que no começo, até mesmo pela construção da usina no Rio de Janeiro, que foi um fato causado graças a Segunda Guerra mundial. Depois disso, Getulio Vargas ainda fez muita coisa para ajudar o Brasil, que também foi caracterizado por sua dignidade e democracia, conhecida por todo o Brasil na época. Seu governo durou apenas 14 anos depois da Guerra, pelo seu suicídio em 24 de Agosto de 1954, que causou impacto a todo país ao saber da noticia, que temeram por pensarem que no momento haviam perdido o único presidente que era a favor dos trabalhadores, mas ao fim cumpriu uma frase que disse em seu mandato de presidente: " Só sairei do Catete apenas se for morto". Na época não era o Palácio do Planalto e sim do Catete.
A Segunda Guerra Mundial e os seus Efeitos (1939-1949)
A eclosão da II Guerra Mundial criou para a agroindústria canavieira do Brasil uma situação bem diversa da que havia prevalecido durante
e imediatamente após o conflito de 1914-18. Contrariamente ao que
teria sido de se esperar, ela não provocou um aumento das exportações
de açúcar. Em compensação, a guerra de 1939-45 deu origem a algumas
dificuldades que, embora não tivessem sido completamente inesperadas,
deixaram de ser previstas com a precisão que teria sido necessária para
se poder evitá-las de uma forma mais satisfatória.
Uma dessas dificuldades eram os riscos do transporte marítimo em
decorrência da guerra submarina. Tais riscos, que tinham sido muito
menos intensos durante a I Guerra Mundial, foram um dos principais
fatores subjacentes ao declínio das exportações de açúcar naqueles anos.
O volume das mesmas diminuiu de um total de 226,5 mil toneladas
métricas (TM) entre 1935 e 1939, nos últimos anos da depressão antes
da guerra, para 218,2 mil TM no quinqüênio seguinte. Uma boa parte
dessas últimas exportações foi destinada aos países vizinhos da América
do Sul e, a rigor, a única vantagem derivada das condições de guerra
residiu na alta dos preços do produto. Graças a ela, o Instituto do Açú-
car e do Álcool (IAA), que fora criado em 1933, pôde parar de ter
prejuízo com as exportações de açúcar, um monopólio que ele manteria
praticamente até o final de sua longa existência.
As dificuldades no transporte marítimo afetaram não apenas o volume das exportações do Brasil, e o das suas importações, mas também
o volume do seus produtos transportados por cabotagem. A navegação
costeira tinha naquela época uma importância muito maior do que hoje,
devido às deficiências da rede de transportes internos então existentes.
Uma boa parte do comércio interno de mercadorias entre o norte e o sul
do país ainda era feita por seu intermédio, e um dos produtos mais
afetados pela guerra submarina foi precisamente o açúcar, cujo abastecimento interno dependia fundamentalmente da produção nordestina,
enquanto que os seus principais centros consumidores se achavam localizados no Centro-Sul, mais particularmente nas cidades dos Estados doRio de Janeiro e de São Paulo. Um dos primeiros e principais efeitos do
conflito foi o de ter cortado o país em duas partes, com uma vendo-se
repentinamente à frente de uma grande superprodução de açúcar, e a
outra passando a sofrer uma crescente escassez do mesmo produto.
Essa demanda insatisfeita dos principais centros consumidores criou
as condições necessárias para a expansão da produção de açúcar em regiões que anteriormente o importavam de outras, basicamente do Nordeste. E foi essa expansão dos anos da Segunda Guerra que deu origem
à definitiva trasnferência do eixo da produção canavieira e açucareira
para os Estados do sudeste do Brasil, uma transferência que só chegou
a se completar de fato na década de 1950, mas que já podia ser percebida
ao término do conflito.
Uma questão que pode ser lavantada refere-se às medidas que efetivamente foram adotadas pelo IAA para enfrentar essa nova siutação.
Nossa resposta a ela é que esse órgão de regulação estatal, embora com
atraso, fez o que pôde para lidar com os acontecimentos, mas foi literalmente avassalado por eles, tanto em relação ao açúcar quanto ao álcool.
A produção deste havia sido consideravelmente ampliada durante a
década de 1930. Isto se aplica particularmente ao álcool anidro, usado
como aditivo à gasolina, cuja fabricação tinha sido iniciada em 1933
numa destilaria estatal localizada em Campos, no Estado do Rio de
Janeiro, e dotada de uma capacidade conjunta de 437 mil litros por dia,
e uma produção efetiva de 38 milhões de litros naquele ano. Em 1941,
esses números tinham aumentado, respectivamente, para 44 destilarias,
uma capacidade diária de 638 mil litros, e uma produção efetiva de
quase 77 milhões de litros — ou seja, mais do que o dobro do nível
alcançado dois anos antes.
Toda essa expansão se deveu fundamentalmente aos incentivos financeiros e administrativos do Instituto, e em parte também aos seus
próprios investimentos no setor, através da implantação e operação das
chamadas destilarias centrais de sua propriedade. Estas destilarias não
eram particularmente vinculadas a qualquer usina, mas estavam aparelhadas para processar a matéria-prima (basicamente melaço) encaminhada por aquelas que não tivessem destilaria própria, ou cujas destilarias fossem pequenas demais. A destilaria central que acaba de ser mencionada foi logo seguida pela implantação de duas outras, respectivamente nos Estados de Pernambuco e de Minas Gerais.
Entre os principais incentivos às destilarias particulares, todas anexas a determinadas usinas, pode-se mencinar: o aumento da proporção
de álcool anidro a ser adicionado à gasolina importada, de 5 para 20 por
cento; a reserva, a partir de 1942, da maior parte da matéria-primaagrícola (cana-de-açúcar) para a produção "direta" de álcool (isto é, a
partir do caldo de cana, e não mais com base no melaço residual da
fabricação de açúcar); e o estabelecimento de atrativos preços mínimos
para o produto.
Tais incentivos não tiveram, entretanto, os resultados que deles se
esperavam. A produção de álcool, na verdade, especialmente a do álcool
anidro chegou a diminuir a partir de 1943, só voltando a seus níveis
anteriores depois que a guerra já tinha acabado, quando sua necessidade
se tornara bem menos premente. A principal razão desse declínio da
produção (e do consumo) de álcool anidro vinculava-se à falta de oferta
no país de produtos desidratantes, como o benzol, os quais eram todos
importados naquela época, e que tiveram que deixar de sê-lo por causa
da guerra. Mas, a redução da produção total de álcool (anidro mais
hidratado) era também devida a outros fatores, notadamente à pressão
da demanda interna de açúcar, determinada pelas dificuldades há pouco
assinaladas no transporte de cabotagem do Nordeste para o sul do País.
Devido a essas dificuldades, o IAA não teve outra opção que a de começar a incentivar a produção de açúcar no Centro-Sul, particularmente
nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, reduzindo com isto ao
mesmo tempo o potencial da produção de álcool dos mesmos.
As medidas tomadas neste sentido determinaram, a médio e longo
prazos, um grande aumento da capacidade produtiva instalada nos referidos Estados. Tratava-se de uma tendência que já vinha de antes, e que
havia sido interrompida, no início da década de 1930, pelas políticas
então adotadas pelo próprio Instituto, de proteção e amparo à agroindústria canavieira do Nordeste. Ela iria se intensificar bastante após a
Segunda Guerra e, mais particularmente, depois da derrubada do Estado
Novo, que havia sido instaurado por Getúlio Vargas em 1937. Nos anos
de 1945 e 1946, houve várias tentativas, especialmente da parte dos
maiores usineiros de São Paulo, para eliminar a intervenção estatal na
agroindústria canavieira, e para fechar o IAA (algo que só acabaria em
1990, no início do atual governo).
As referidas tentativas deixaram de ser bem sucedidas naquela época devido à oposição, e à força política, dos produtores de açúcar do
Nordeste e do Estado do Rio, desejosos de manterem a sua lucrativa
participação no abastecimento do crescente, e cada vez mais próspero,
mercado consumidor paulista. Em decorrência da atuação daqueles grupos empresariais, a intervenção do Estado no setor e o próprio Instituto
puderam ser mantidos, não obstante o liberalismo prevalecente naqueles anos, que testemunharam o fechamento, não apenas da importante
coordenação de Mobilização Econômica, um órgão de planejamento
que fora criado durante a Guerra pelo governo federal, mas também do
todo-poderoso Departamento Nacional do Café, o qual durante vários
anos havia controlado as exportações e a produção da rubiácea.Mas, a preservação do IAA também se tornara possível graças ao
substancial aumento que ele havia promovido nas quotas de produção
de açúcar, um aumento pelo qual os usineiros de São Paulo tiveram
incrementada a sua participação no mercado nacional de 17,6 para 22,2
por cento do total, enquanto que os de Pernambuco viam diminuída a
sua de 37,7 para 28,9 por cento. Essa medida constituia, de um lado,
um reconhecimento formal da gradativa tranferência da hegemonia na
agroindústria canavieira do Nordeste para o Centro-Sul. mas, do outro,
acabou dando origem a uma renovada e irrefreável tendência à superprodução, gerando efeitos que iriam perdurar por várias décadas, chegando até os nossos dias.
É verdade que o consumo interno de açúcar do Brasil havia aumentado consideravelmente desde a década de 1930, graças ao crescimento
da população do país, a aceleração dos seus processos de urbanização e
de industrialização, e à elevação de seus níveis de renda per capita. Ocorre, porém, que tanto a produção como, principalmente, a capacidade
produtiva do setor tiveram uma expansão ainda mais rápida, particularmente durante e logo após a guerra. Além de tentar controlar essa expansão, algo que não parecia politicamente viável na época, haveria apenas duas maneiras de enfrentar a situação: através do aumento das exportações brasileiras de açúcar, ou mediante a expansão da produção de
álcool no país. Ambas foram tentadas pelo IAA, mas apenas a primeira
teve algum êxito a curto prazo.
As exportações brasileiras de açúcar cresceram substancialmente
nos anos do imediato pós-guerra. Contudo, a progressiva normalização
da produção européia e do comércio internacional logo começaram a
minar os preços do produto, forçando o governo do país a voltar a
subsididar suas vendas externas. A fim de reduzir o montante desses
subsídios e, ao mesmo tempo, procurar melhorar o perfil deficitário da
balança comercial, mediante a diminuição das importações de petróleo
e seus derivados, o Instituto procurou de várias formas incentivar a
produção nacional de álcool, particularmente do álcool anidro a ser
adicionado à gasolina. Essa política, no entanto, era dificultada pelos
baixos preços do petróleo no mercado internacional, e acabaria sendo
inteiramente abandonada no início da década de 1950, coma criação da
Petrobrás e a implantação de suas primeiras refinarias.
Uma das principais características daqueles anos do imediato pósguerra foi o estabelecimento de várias novas usinas de açúcar, particularmente no Estado de São Paulo. A maioria delas era constituída por
antigos engenhos, que haviam sido instalados durante a Segunda Guerra
para atender prementes necessidades de consumo local, momentaneamente desabastecidas pelas suas habituais fontes de suprimento localizadas no Nordeste. A escala de produção dessas novas unidades era muitopequena, inclusive pelos padrões locais. Seus altos custos de produção e
seus baixos níveis de produtividade só se haviam tornado viáveis graças
aos elevados preços do açúcar e do álcool fixados pelo IAA durante a
Guerra. Esses preços, que se baseavam nos custos de produção e de
transporte dos usineiros do Nordeste, eram mais do que satisfatórios
para produtores localizados em outras áreas do território nacional, mais
próximas dos principais centros de consumo, proporcionando-lhes um
forte incentivo para constatemente incrementarem seus níveis de produ-
ção e de capacidade instalada.

O Iluminismo 



Século das luzes


O século XVIII, também chamado de "Século das Luzes", foi um momento histórico em que se aprofundaram as críticas ao Antigo Regime (foi o período em que predominou o capitalismo comercial, o absolutismo, o sistema colonial e a sociedade baseada em estamentos) e em que se propuseram novas formas de organização social, política e econômica.

Os grandes pensadores dessa época (Descartes, Newton, Locke, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, DAlembert, etc.) buscavam uma explicação racional para o mundo e lutavam por melhorias das condições existenciais do homem.

Os filósofos iluministas afirmavam que a razão guiaria o homem para a sabedoria, conduzindu-o à verdade. Assim, a razão era a fonte de todo o conhecimento.

As idéias reformistas do século XVIII influenciaram os economistas europeus e, nesse contexto, surgiram duas escolas econômicas, que, por sua vez, contestavam o controle da economia pelo Estado, a saber: a escola fisiocrata e a escola liberal.

A Escola Fisiocrata – Fundada por Quesnay, defendia a tese de que a principal fonte de riqueza nacional era a agricultura e que, portanto, os indivíduos mais importantes economicamente para a sociedade eram os grandes proprietários e fazendeiros.

A Escola Liberal – Ao contrário dos fisiocratas, defendia a idéia de que a fonte da riqueza é o trabalho, que deve ser exercido em absoluta liberdade.

Adam Smith, o fundador do liberalismo econômico, defendia o livre comércio entre as nações e o livre cambismo alfandegário.

Alguns governantes europeus, tentando evitar os conflitos sociais e a contestação aos seus governos autoritários, empreenderam algumas reformas em seus países, com base nas idéias liberais dos filósofos iluministas. Esses governantes ficaram conhecidos como déspotas esclarecidos.

A Revolução Industrial

O século XVIII foi um século de grandes revoluções que provocaram profundas mudanças na sociedade européia e firmaram o sitema capitalista como sistema de produção dominante.

A Revolução Industrial foi, sem dúvida, a mais importante de todas as revoluções do século XVIII, pois provocou mudanças significativas na história da humanidade até os dias atuais.

Do ponto de vista econômico, essa Revolução foi o conjunto de transformações ocorridas em todos os setores da economia que se tornaram capitalistas: transformações na agricultura, no comércio, na indústria, nos transportes, nas comunicações, nas técnicas de exploração mineral, nos bancos, etc.

Foi caracterizada por uma evolução da tecnologia aplicada à produção de mercadorias para atender a um mercado consumidor cada vez maior, e, essencialmente, significou, uma revolução social, na medida em que provocou:

a) o desenvolvimento das relações assalariadas;

b) a substituição da energia humana pela energia a vapor, nas fábricas;

c) a passagem de uma sociedade estamental para uma sociedade de classes;

d) a divisão da sociedade em duas classes sociais antagônicas: a burguesia capitalista, dona do capital e dos meios de produção (ferramentas, máquinas, fábricas, etc.), e o proletariado, dono exclusivamente de sua força de trabalho e que, para sobreviver, vende-a para o capitalista.

A Independência dos Estados Unidos

A Independência dos Estados Unidos destrói a unidade do sistema colonial, colaborando decisivamente para a derrocada do Antigo Regime. As 13 colônias, estabelecidas a partir do século XVII no território norte-americano, contam, nas últimas décadas do século XVIII, com mais de 2 milhões de colonizadores. No centro – Pensilvânia, Nova York, Nova Jersey e Delaware – e no norte – Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut – europeus exilados por motivos políticos ou religiosos vivem em pequenas e médias propriedades.
Embora a Inglaterra proíba o estabelecimento de manufaturas nas colônias, a incipiente indústria do centro-norte não é incomodada pelas autoridades, pois não compete com o comércio da metrópole.
No sul – Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia – predomina a grande propriedade rural, ocupada pela monocultura dirigida à exportação e tocada pela mão-de-obra escrava, com pouco espaço para o trabalho livre. Os nortistas, no entanto, atravessam as fronteiras e concorrem com o comércio metropolitano, levando a Inglaterra a endurecer a política com as colônias.

Influência da Guerra dos Sete Anos

Travada de 1756 a 1763 entre a Inglaterra e a França e vencida pelos ingleses, transfere para a Coroa britânica a maioria das possessões francesas, incluindo as terras situadas na América, a oeste das 13 colônias. Como os colonos norte-americanos não haviam contribuído para o esforço militar inglês, o Parlamento decide cobrar deles os custos da guerra, aumentando as taxas e reforçando os direitos da Coroa no continente.

Novos impostos ingleses

São cobrados para cobrir as despesas com uma força militar de 10 mil homens deslocada para a América pelos ingleses. O Parlamento aprova, em 1764, a Lei do Açúcar (Sugar Act) e, em 1765, a Lei do Selo (Stamp Act).

Lei do Açúcar

Proíbe a importação de rum estrangeiro e taxa a importação de carregamentos de açúcar procedentes de qualquer lugar que não das Antilhas britânicas.
Lei do Selo
Institui a cobrança de impostos sobre documentos, impondo selagem até a baralhos e dados. As leis do Açúcar e do Selo são revogadas por pressões dos colonos e dos comerciantes ingleses, boicotados pelos norte-americanos.

Lei dos Alojamentos

É aprovada em 1765 e exige dos colonos norte-americanos o pagamento pelos alojamentos e alimentação das tropas inglesas.

Lei do Chá (Tea Act)

É o estopim da crise entre a colônia e a metrópole, pois dá o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais, depositária dos interesses de diversos políticos ingleses. Com a nova legislação, a Companhia transporta o chá diretamente das Índias para a América, prejudicando os intermediários residentes na colônia.

Festa do chá em Boston

Nome pelo qual é conhecida a destruição, em 1773, de três centenas de caixas de chá retiradas dos navios ingleses, no porto de Boston, por comerciantes disfarçados de índios.

Leis Intoleráveis

O nome designa as leis promulgadas pelo Parlamento, em 1774, em represália à revolta da Festa do chá, com o objetivo de conter o clima de insubordinação.
O porto de Boston é interditado até o pagamento dos prejuízos e são tomadas outras medidas severas, como o julgamento e a punição de todos os colonos envolvidos em distúrbios contra a Coroa. As Leis Intoleráveis provocam a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774), não-separatista, cujos participantes pedem ao rei e ao Parlamento a revogação da legislação autoritária como forma de concretizar a igualdade de direitos dos colonos.

Batalha de Lexington

Acontece em 1775, quando um destacamento inglês tenta destruir um depósito de armas controlado pelos rebeldes e encontra feroz resistência por parte de tropas coloniais semi-improvisadas. É considerado o marco inicial da guerra pela independência. Os colonos se organizam militarmente e são declarados rebeldes pelo trono inglês. A revolta contra a Inglaterra se instala de forma declarada.

Guerra da Independência

Começa em 1775, com a tomada de Boston pelos norte-americanos, e se estende até 1781, com a derrota da Coroa. Em 1776, a Virgínia declara-se independente. O Segundo Congresso da Filadélfia, reunido desde 1775, nomeia George Washington, da Virgínia, comandante das tropas norte-americanas e conclama os cidadãos às armas.

Declaração de Independência

É redigida por uma comissão de cinco membros liderados por Thomas Jefferson. O documento, com mudanças introduzidas por Benjamin Franklin e Samuel Adams, é promulgado em 4 de julho de 1776, na Filadélfia, por delegados de todos os territórios. A Declaração de Independência dos Estados Unidos é inspirada nos ideais do Iluminismo e defende a liberdade individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano.
George Washington (1732-1799), filho de um grande proprietário de terras da Virgínia, torna-se agrimensor. É encarregado de levar um ultimato aos franceses que haviam invadido terras do Ohio. Não é atendido e recebe o posto de tenente-coronel, participando da luta contra os franceses, derrotados em 1758. Eleito para o Parlamento da Virgínia (1759-1774), ataca a política colonial inglesa. Com o início da guerra da Independência, em 1775, é nomeado comandante-em-chefe, cargo que ocupa até a vitória final dos norte-americanos. É convocado para presidir a convenção federal da Filadélfia, quando coloca a Constituição de 1787 em votação. Em 1789 é eleito, por unanimidade, o primeiro presidente dos Estados Unidos. No final de 1792, é reeleito por unanimidade e, terminado o mandato, recusa-se a concorrer novamente, estabelecendo uma norma eleitoral nos Estados Unidos.

Ajuda francesa

A participação de tropas francesas é decisiva na consolidação das lutas pela independência dos EUA. A intervenção acontece graças à afinidade com os norte-americanos em relação aos ideais libertários do Iluminismo. É também um revide à derrota sofrida na Guerra dos Sete Anos.
Os franceses fornecem o capital necessário para sustentar o movimento e aliciam os espanhóis contra os ingleses. A participação da Marinha francesa é fundamental na ampliação da guerra, levada ao Caribe e às Índias. Finalmente, em 1781, o Exército inglês se rende em Yorktown, depois de sitiado pelas tropas rebeldes.

Tratado de Versalhes

Reunido em 1783, reconhece a independência dos Estados Unidos da América. Os aliados dos norte-americanos são recompensados: a França recupera Santa Lúcia e Tobago, nas Antilhas, e suas possessões no Senegal; a Espanha ganha a ilha de Minorca e a região da Flórida.

Primeira Constituição dos EUA

Proclamada em 1787, representa um compromisso entre a tendência republicana, liderada por Jefferson e responsável pela grande autonomia dos Estados membros da federação, e a tendência federalista, defensora de um poder central forte. No geral, os princípios constitucionais de 1787 continuam em vigor, como a adoção da república federativa presidencialista como forma de governo; a separação dos poderes em Executivo (administração), Legislativo (elaboração das leis) e Judiciário (aplicação da justiça); e o estabelecimento de direitos civis e políticos, como as liberdades de expressão, de imprensa, de crença religiosa e de reunião, a inviolabilidade do domicílio e da correspondência e o direito a julgamento.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br

DESCOBRIMENTO DO BRASIL
História do Brasil Colônia, a história do descobrimento do Brasil, os primeiros contatos
 entre portugueses e índios, o escambo, a exploração do pau-brasil

descobrimento do brasil
Primeiros contatos entre portugueses e índios
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil. 
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. 
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas. 
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Fonte:www.historiadobrasil.net/descobrimento/